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Dia -1 – Hermitage Museu e a Saga das Malas Continua…

Segundo dia de turismo em St Pete dedicado ao Museu Hermitage. Jesusmariajosé, andamos quase 8 km só dentro do museu. O trem começa e não termina, parece um labirinto de salas e mais salas, cada uma de um jeito diferente. Quando você acha que no fim da arte do Japão feudal acabou, começa a do Império Bizantino. Aí depois de ver os Da Vincis e Rembrandts nas seções correspondentes, você acha que vai descansar mas ainda tem os Ticianos e as esculturas em mármore. Claro que antes de tudo acabar ainda tem o antigo egito e a arte russa propriamente dita. Haaaaaaja pilhagem na antiguidade pra encher esse trem todo. Mas é claro que foi uma experiência memorável. Os prédios onde o Museu ficam instalados, em si, são uma atração a parte.

Quando chegamos ao museu, estava terminando alguma corrida de rua, porque havia uma mega estrutura instalada na praça gigantesca em frente ao Museu para a chegada dos corredores. Eu e Rodrigo ficamos profundamente chateados, porque se soubéssemos da corrida, seguramente teríamos nos inscrito para participar… SQN… 🙂

No mais, segue a novela das malas. No último reporte, a Roshit (com o perdão do trocadilho infame com o nome da companhia, Rossiya), disse que as malas, que chegaram ao aeroporto local 24 horas depois de nós, levariam mais 24 horas para serem entregues. Chegamos ao hotel 26 horas depois que elas chegaram, e nada… agora, o novo report diz que as malas chegarão até as 22h. Já usamos de todas as táticas possíveis a imagináveis… Esporro no telefone, esporro na KLM (que foi quem emitiu o bilhete e que simplesmente se isentou de qualquer responsabilidade mandando falar com a Roshit), ligações para o seguro-viagem e e-mails com o setor de achados e perdidos imploraaaaaando por ajuda e tentando apelar para a sensibilidade de quem lia do outro lado, pedindo a ela para se colocar no nosso lugar, tooooda uma lenga lenga chorosa, mas que foi a única coisa que surtiu algum efeito. A pessoa do outro lado respondeu, por fim, que havia acabado de ligar para o responsável pelo transporte (até então, a única resposta era que estava com o pessoal do transporte e that’s all folks) e ele garantiu que chegaria até as 22h. Portanto, nesse momento, faltam 2 horas pra o prazo final e pouco mais de 17 horas para deixarmos St. Pete… ainda sem as malas! 🙁

Claro que no final tudo vai se resolver. E o compartilhamento de toda essa epopeia não tem outro intuito que não o de alguma forma entreter nossos fiéis leitores, que estão “viajando” conosco, com as histórias dos nossos infortúnios. Mas no fundo, tudo isso faz parte do processo de empreender uma viagem como essa. Viemos prontos para a dificuldade de resolver pequenos problemas na Rússia, já escolados pela leitura de outros relatos. As coisas aqui tendem a ser mais complicadas e desorganizadas do que o esperado. E, se a ideia fosse encontrar tudo organizadinho e funcional como nos EUA, por exemplo, teríamos ido… aos EUA! Sim, enfrentar os perrengues faz parte, ensina a olhar as situações com diferentes olhares, amplia a capacidade de exercitar o famoso jogo de cintura, a criatividade, a inventividade e o tempo todo continua nos ensinando um pouco mais sobre nós mesmos. No final do dia, essa é a busca mais importante. Aprender. E daí vêm todos aqueles aprendizados que sempre compartilho ao final dessas viagens. É por isso que sempre voltamos diferentes do que saímos. Porque quando saímos da zona de conforto do conhecido, ou sentamos e choramos diante das adversidades, ou buscamos formas de resolver os problemas que surgem – e eles sempre surgirão -, dentro do contexto local e das possibilidades existentes. Além das fotos e das magníficas histórias da estrada, esse aprendizado é o que sobra dessas experiências para o resto da vida. E foi exatamente isso que viemos buscar (e estamos encontrando de sobra, só em dois dias de viagem… hehehe).

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