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Dia 17 – Yerofey Pavlovich – Belogorski – 690 KM

Antepenúltima etapa da viagem cumprida. Hoje fizemos uma pequena alteração no roteiro. Originalmente, a previsão era viajar até uma cidade Blagoveschenk, que fica exatamente na fronteira com a China. Mas isso alongaria o dia em cerca de 140 km, e também representaria um acréscimo de 40 km amanhã, na ida para Khabarovski. Isso se deve a um desvio necessário para chegar àquela cidade. Estudando o mapa, vimos que exatamente na “saída” para Blagoveschenk, havia uma cidade chamada Belogorski. Analisamos os dados que tínhamos, vimos que é uma cidade de uns 40.000 habitantes e concluímos que na pior das hipóteses, a gente ia repetir Tulun ou Yerofey, e decidimos pagar pra ver, economizando aqueles 180 KM a mais. Pra quem rodou quase 9.000 km até hoje, pode parecer pouco. Mas hoje já foi o oitavo dia seguido com 9 a 10 horas na moto, sem intervalo nem descanso (lembrando, por causa dos três dias desperdiçados em Omsk com a quebra da moto). Com isso, o corpo já está demonstrando os efeitos do cansaço acumulado, e uma hora a menos no final do dia, dá um combustível extra para aguentarmos chegar ao final, que já está próximo.

E não é que Belogorski se mostrou uma belíssima surpresa? Sim, uma cidadela de 40.000 habitantes, mas super ajeitada, com um hotel que foi simplesmente o melhor custo x benefício da viagem, e um restaurante melhor ainda, no próprio hotel, onde comemos e bebemos de tudo pagando algo como 40 pila por cabeça. Belogorski, acabamos de conhecer e já consideramos pacas! 🙂

Ah, sim, é claro… você deve estar achando que está tudo tão certinho e que os perrengues finalmente ficaram no passado, certo? Errado…..  Lembram da pane seca de ontem? Pois é, quando fui atrás do posto para levar gasolina pra moto do Rodrigo, só encontrei a tal da 92. Pois bem, ainda não sabemos se é apenas coincidência, mas o fato é que depois de ter bebido a maldita 92, a moto do Rodrigão baixou a média de consumo de 15 km/l para 9 km/l e perdeu a marcha lenta. A teoria vigente é que a gasolina de menor qualidade afetouo a injeção e agora ela está injetando muito mais gasolina do que o necessário. Em baixa rotação, o motor não dá conta de queimar e morre… Em alta rotação, ele queima e a moto continua operando normalmente, mas tendo como consequencia o maior consumo. O problema é que nossa autonomia entre paradas, que era de uns 250 km, agora não passa de 160. E assim, tivemos que readequar nossos intervalos de abastecimento. O que é pior, exatamente quando os postos rarearam… Como já disse antes… ninguém disse que seria fácil! 🙂

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