E finalmente chegou o dia de espirrar de Omsk. Ok, suuuuuper lega a cidade, povo hospitaleiro, suuuuuuper top. Mas mais do que já tinha dado…
Como postei ontem, pegamos as motos as 23h45. É claro que chegamos na oficina muito mais cedo e cozinhamos de esperar. Mas OK, motos finalmente prontas. E aí, é claro, que depois de horas de “preparo” de uma tempestade que estava pra cair, ela desabou assim que colocamos as rodas pra fora da oficina. Vou te contar, sal grosso, arruda e banho no Baikal, tudo junto, pra ver se cura essa zica.
Chegamos no hotel encharcados, mas ainda com humor suficiente pra matar o bom e velho kebab da lanchonete na frente do hotel. Tudo pra voltar hoje pra estrada. E assim foi.
Às 07:45 botamos as motos na estrada e por volta das 15:00 estávamos em Novosibirski. Nossa parada do dia é a terceira maior cidade da Rússia, com perto de 1.3 milhões de habitantes e a economia mais pujante dessa parte da Sibéria. Uma cidade de arquitetura imponente, como pode ser visto em algumas das fotos a seguir. Foi uma pena que tivéssemos que passar por aqui com tão pouco tempo.
Graças aos contatos de motos clubes locais, chegamos e fomos direto a uma loja de artigos para moto pegar o pneu que já havia sido deixado reservado pra nós, na medida certa da minha GS. Estava um sacrifício encontrar esse pneu, e nessas horas, os contatos locais fazem a diferença. O pneu traseiro não ia aguentar chegar a Vladivostok e daqui pra frente, fica cada vez mais difícil e achar, então melhor trocar de uma vez. E aproveitei pra trocar também o da frente, que por incrível que pareça, estava literalmente rachando. Pegamos os pneus, levamos no parceiro da loja pra trocar e antes das 15h estávamos no hotel, na piscina, e curtindo o retorno para a estrada.
Curioso como o curso dos acontecimento influencia o estado de espírito. Ontem, estávamos ambos deprimidos, saco cheio, putos, embora estivéssemos descansados. Hoje, o humor mudou completamente, e apesar de exaustos pelo calor que permanece violento na estrada, estávamos entusiasmados e depois de 8 horas de estrada hoje, fomos dormir ansiando pelas 10 horas de estrada de amanhã.
A paisagem continua mudando, assim como a qualidade das estradas. Hoje alternamos momentos de vastas planícies com um trecho relativamente longo de curvas e leves aclives/declives. Um dia de belas paisagens e expectativa renovada pela perspectiva de, finalmente, voltar à rota e continuar firmes, rumo ao término da travessia da estrada mais longa do mundo
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Aí sim, heim?
Estrada tranquila, toca pro leste!