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Dia 0 – Embarque pra Moscou e o fim da saga das malas

Essa história das malas nos ensinou mais do que poderíamos imaginar sobre a cultura local logo no início da viagem. E não quero aqui fazer nenhum juízo de valor e muito menos, julgar se é bom ou ruim. O fato é que cada lugar tem uma cultura, cada povo um costume, e como viajantes, nós é que somos os “estranhos” e temos a obrigação de nos ajustar. Uma das lições aprendidas até aqui foi pra nunca deixar na mão dos outros o que puder ficar sob nosso responsabilidade, não importa qual a circunstância.

No dia em que nossas malas chegaram (24 horas depois que nós chegamos), recebemos um e-mail do aeroporto informando que poderíamos ir buscar as malas pessoalmente ou elas seriam entregues ao hotel num prazo máximo de 24 horas. Oras, é claro que depois de 24 horas sem as malas, já achamos um absurdo que a coisa simplesmente funcionasse assim! Whatta fuck, já faz 24 horas que estou sem malas e vou ter que esperar mais 24?????? Mas OK… não tínhamos mais razão para o excesso de pressa e ainda que demorasse mais 24 horas, estava tudo tranquilo. Era só esperar até no máximo as 17h de ontem e estaria tudo ok. Mas aprendemos que 24 horas na Rossyia Airlines não necessariamente significam 24 horas… elas podem ser 26, 27 ou até 30 horas. Essa contagem de tempo é apenas uma referência. E passamos o maior sufoco de maneira desnecessária. Se houvêssemos assumido o controle a situação anteontem, teria sido tudo muito mais tranquilo. Pois é… como sempre, qualquer relação com a vida real NÃO É mera coincidência… 🙂

Mas enfim, ainda que aos 48 do segundo tempo NOVAMENTE, as malas chegaram. Brindamos às malas, bebemos às malas, e hoje pela manhã tomamos o rumo de Moscou no Sapsan, o trem bala que percorre os 800 km entre St Pete e Moscou em cerca de 4 horas.

O embarque foi um parto… carregar malas em carrinho de aeroporto é fácil. A foda é carregar mochilas sem rodinha pesando 50 kg o par por cerca de 3 KM entre o começo do trem e o vagão em que embarcamos (sim, o trem começa e não acaba nunca, pelo pedômetro do celular, andamos 3 km até chegar ao vagão 19). Chegamos esbaforidos e suando feitos dois jumentos, mas daí em diante, só alegria. Trem confortável, silencioso, viagem excelente.

Na chegada a Moscou, pegamos um Uber pro hotel. Aliás, o Uber tem se mostrado um enorme resolvedor de problemas. Essa coisa de ter que se comunicar com taxista também ficou no passado. Chama o Uber no app, informa o destino, entra no carro, desce do carro e tchau!!!!! Não tem nenhuma barreira de língua e o preço é sempre justo. No caminho para o hotel, o uber driver quebrou um galkho e passou pelo Kremlin e pudemos ter um aperitivo de todos aqueles cartões postais com os quais nosso imaginário fica repleto quando pensamos em Rússia.

Do hotel, direto para a retirada das motos. A excitação era palpável. Conhecemos nossos amigos Russos e Alexander, como já havia se mostrado antes, mostrou-se mais do que um fornecedor: nos orientou quanto a cada detalhe, deu contatos, dicas e nos deixou tremendamente confortáveis para o que estava por vir.

Por fim, mercado para itens básicos de sobrevivência (água e chocolate) e sono para acordar as 6h da manhã, carregar as motos e partir!

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